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Espaços públicos: a solidão nos espaços públicos ou na geografia da cidade em tokyo.sora



1. Solidão na lavanderia: a câmera respeitosa e a simetria da disposição espacial entre as máquinas de lavar, formando um simétrico 90 graus.


2. um arroubo de metalinguagem: a solidão no teste de câmera e o constrangimento. Note a posição corporal (não parece uma personagem de um dos quadros de Munch, sem braços?) e a composição do quadro valorizando o vazio do aposento.



3. A função dos "Planos vazios" da cidade: o espaço físico deslocado e a melancolia do céu



4. Solidão: a dificuldade do afeto e o espaço público. Note o constrangimento do contato corporal (como a personagem acordada está desconfortável, veja a tensão no seu braço esquerdo contraído, em primeiro plano) e a função da barra metálica, no centro do quadro. Só dormindo é possível demonstrar os sentimentos - note como a cor do figurino da mulher que demonstra o afeto é nitidamente dissonante de todo o resto.



5. Espaço físico. Note como o deslocamento da personagem em relação ao espaço físico externo é mostrado através de uma composição visual poluída, com uma linha em diagonal cruzando o quadro (beiral da ponte) e no emaranhado de fios na parte superior direita. Em contraposição, há um bloco cinzneto maciço que domina todo o quadro no centro e à esquerda (o bloco de apartamentos). Note o tom ocre quase homogêneo que domina a cena, inclusive no figurino. Apesar da cidade como reflexo de caos e deslocamento, note a preocupação com a composição do quadro: a atriz no centro do quadro e a preocupação do diretor em enquadrá-la exatamente com a cabeça diante da janela, numa composição mais equilibrada entre primeiro plano e fundo.

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