FESTIVAL DE CINEMA DE ROTERDÃ 2022 (IFFR 2022)


COBERTURA DO FESTIVAL DE CINEMA DE ROTERDÃ (IFFR 2022)

Pelo terceiro ano consecutivo (na verdade, por quatro edições, uma vez que em 2021 o festival possuiu duas edições, uma em fevereiro, outra em junho), tenho a árdua mas prazerosa missão de cobrir o Festival de Cinema de Roterdã (IFFR – International Film Festival Rotterdam). Assim como as duas edições de 2021, esta edição do IFFR2022 foi híbrida, de modo que os críticos internacionais puderam acompanhar os filmes de forma remota.

O Festival de Roterdã é um dos mais importantes e tradicionais eventos no amplo calendário dos festivais de cinema especialmente voltado para o cinema de invenção, ou seja, para projetos de pesquisa de linguagem e de revelação de jovens valores no cinema mundial, com uma ampla representatividade das mais diversas cinematografias.

Refletindo a crise do atual momento do cinema brasileiro, com a paralisação dos financiamentos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o cinema brasileiro, que costuma ser boa presença em Roterdã, conta, nesta edição, com apenas um longa-metragem inédito, em world première. E, curiosamente, não é de uma jovem realizadora, mas sim de Ana Carolina Teixeira Soares, com mais de cinquenta anos de trajetória cinematográfica, apresentando seu Paixões Recorrentes, na Mostra Harbour (não competitiva). Roterdã tem dedicado especial atenção com nossos veteranos cineastas que permanecem com um cinema de invenção mais jovens do que muitos jovens, como Ruy Guerra, Julio Bressane, Ivan Cardoso e, agora, Ana Carolina.

Assim, não houve longas brasileiros nas principais seções competitivas do festival: nem na Tiger Competition nem na Big Screen Competition. O cinema brasileiro também ficou de fora da Bright Future, dedicada a primeiros filmes.

Na competição de curtas (Ammodo Tiger Short Competition), dois representantes brasileiros: Cantos de um Livro Sagrado, de Cassiana Der Haroutiounian e Cesar Gananian, filmado na Armênia, e Soluções Urbanas, uma coprodução Brasil-Alemanha, realizada por Arne Hector, Luciana Mazeto, Vinícius Lopes e Minze Tummescheit. Luciana e Vinicius, os brasileiros da direção, são os realizadores de Irmã.

Além desses, Medusa, de Anita da Silveira, também será exibido na Harbour (não competitiva). Destaca-se também que a produtora Tatiana Leite (de Benzinho) foi uma das juradas da Tiger Competition.

Os textos foram originalmente publicados no site Cinema Escrito, e republicados aqui com a gentil permissão do editor Luiz Joaquim.

 

MOSTRA TIGER COMPETITION

A CRIANÇA, de Marguerite de Hillerin, Félix Dutilloy-Liégeois (Portugal/França, 2022, 110 min)

KAFKA FOR KIDS, de Roee Rosen (Israel, 2022, 120 min)

MALINTZIN 17, de Eugenio Polgovsky (México, 2022, 64 min)

MEGHDOOT (THE CLOUD MESSENGER), de Rahat Mahajan (Índia, 2022, 148 min)

MET MES, de Sam de Jong (Holanda, 2022, 79 min)

PROYECTO FANTASMA, de Roberto Doveris (Chile, 2022, 97 min)

SILVER BIRD AND RAINBOW FISH, de Lei Lei (EUA, 2022, 104 min)


 MOSTRA BRIGHT FUTURE

A HUMAN POSITION, de Anders Emblem (Noruega, 2022, 78 min)

STAND BY ME, de Tamara Dondurey (Rússia, 2021, 76 min)

 

MOSTRA HARBOUR

MONTE FUJI VISTO DE UM TREM EM MOVIMENTO, de Pierre Hébert (Canadá, 2021, 81 min)

PAIXÕES RECORRENTES, de Ana Carolina Teixeira Soares (Brasil, 2022, 94 min) 

 

Para a cobertura do Festival de Roterdã de 2021, ver

IFFR2021 #JUNHO

IFFR2021 #FEVEREIRO


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