sobre a cobertura crítica "especializada" do festival do rio na net

Quando leio as coberturas dos sites da chamada “vanguarda da critica cinematográfica especializada”, a coisa que mais me interessa são os blocos de notas e os diários do festival. Ali sim há um frescor que os textos críticos “sérios” desses sites passam longe. Não é por acaso que este blog há muito tempo já optou por outro caminho. É pena que desta vez o Valente só tenha ficado nas “dicas de programação”, uma coluna limitada que parece aquelas do o globo (“veja o filme tal, mas se você mora na barra hoje é a última chance para você ver o bizarro tal”, etc.), mas ainda assim tem um clima tão peculiar que é muito mais interessante do que as críticas do site (vide a sua cobertura do festival de Cannes, que tem os melhores textos críticos publicados sobre cinema na net no Brasil).

 

Eu acho essas coberturas meio estranhas, porque se se reclama de um cinema estagnado, com cacoetes do cinema de autor, com cineastas que fazem filmes que se repetem, etc., por que não utilizar o mesmo critério para as suas próprias críticas, por que não fazem uma auto-avaliação? Reclamam que Reygadas faz o mesmo filme, todo ostentatório, mas e o crítico, não faz pior que o Reygadas, nos seus textos cada vez mais ostentatórios, cada vez mais “rasgação de seda” para si e para os seus amiguinhos?

 

Outros novos nomes, como Omelete e Cinequanon, fizeram coberturas muito fracas. Informação básica, análise superficial, textos didáticos (as pessoas não sabem escrever...) É essa a nova geração de críticos?

É por isto que este blog, este modesto blog, mesmo com toda a confusão que é, ele ainda se garante.

 

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