(FestRio) Encenando na companhia de homens

Encenando "na companhia de homens"
de Arnauld Depleschin
** ( ou *?)

Ainda tenho dúvidas se gostei ou não desse filme. A cinematografia tem o seu rigor, mas em geral é careta, optando por um estilo de cinema quase teatral, centrado quase totalmente num estilo descritivo e na atuação, e todo em interiores. O lance dos ensaios, que se confundem com o filme, acaba não funcionando totalmente e, se oferece um distanciamento meio brechtiano, acaba soando repetitivo e um deja-vu. Como cinema, não achei muito inspirado.

O roteiro já é mais estranho, e oferece seus insights, sobre a questão do filho adotivo que tem uma relação de amor e ódio do pai , que quer provar ao pai seu valor e acaba causando mil encrencas. em alguns momentos, chega-se a pensar numa tal parábola do filho pródigo, mas o filme não pretende a reconciliação redentora, e vai fazer um final amargo, com um patético suicídio. Alguns flashbacks tem seu interesse, esp a cena em que a mãe dá um banho de sangue no bebê recém-nascido. Coisas assim meio estranhas, mas que não asseguram uma proposta coesa ao filme, que meio que fica no meio caminho de várias intenções, inclusive a da narrativa psicológica. Os personagens acabam não sendo muito bem desenvolvidos, com alguns clichês. A cilada que o filho cai é meio enrolada, e não muito verossímil. Acho que se bobear, é só * mesmo.

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