ainda denis

entrei numa viagem sobre o filme da denis que é como se todo o filme fosse contado ou em elipse ou fora-de-quadro (em off) nos tempos fortes, e valorizando os tempos fracos. Com isso, o espectador está "sempre atrasado" em relação ao filme, só podendo se localizar a posteriori.

Claro que é um filme sensorial, pouco preocupado com o entrecho como tal definido na narrativa clássica, e que trata a captação da "realidade" no cinema como claramente parcial e incompleta, mas acho meio forçado falar totalmente que é um cinema dos sentidos, etc, (como o povo do Contra...) pq não há improviso no filme da denis, tudo é fruto de intensa marcação e decupagem. Até como alternativa por isso mesmo é interessante, mas por isso mesmo creio que falte um respiro, uma "auto-surpresa" dentro do filme. é racionalista demais pra falar sobre os sentidos.

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