(FESTRIO 18) GO GO TALES
Go Go Tales
De Abel Ferrara
Espaço 2 qui 23:30
* ½
Não tenho muitas coisas inteligentes a dizer sobre Go Go Tales, o novo filme do Abel Ferrara. Não é muito a minha praia. Sim, é um filme sobre o processo de criação, é pura metalinguagem, e me lembrou um pouco o bom Mulheres à vista, de J. B. Tanko (por mais esdrúxula que a comparação pareça!...). William Dafoe (perfeito no papel) luta contra tudo e contra todos para manter seu bordel, que parece ter seu destino inevitável: o fechamento. Ele acredita nesse sonho, e vive em função disso, embora os tempos "pareçam ser outros". Ele no fundo é um romântico, e ali "ninguém trabalha com prostitução". Sim, é um filme sobre a paixão do processo de criação (i.e sobre o cinema), de se acreditar nesse sonho que é ter esse bordel como se fosse fazer um filme, ou, enfim, qualquer coisa na vida em que haja de fato uma obsessão pessoal que justifique tudo isso. E, sim, por outro lado, Ferrara trabalha esse tema com um cinema leve, que busca o "have fun" e esbaldar-se com o corpo das meninas, e é curioso como a câmera passeia pelo cenário do bordel e como se compõe a aparição das "participações especiais", mas passada essa nuvem de fumaça, o que fica além disso? No fundo, um filme menor, sem maiores ambições, com um certo olhar romântico pelo mito do processo pessoal. A câmera de Ferrara passeia pelos streap-teases e pelas apresentações, num mosaico de atores interessantes mas que no fundo são orelhas para esse protagonista. E viradas de roteiro (achar um bilhete de loteria quase como se fosse Le Million) e cenas soltas (o marido de uma das mulheres que vai pro clube) com soluções duvidosas. Uma nuvem de fumaça, assim como o Ruby´s Paradise.
De Abel Ferrara
Espaço 2 qui 23:30
* ½
Não tenho muitas coisas inteligentes a dizer sobre Go Go Tales, o novo filme do Abel Ferrara. Não é muito a minha praia. Sim, é um filme sobre o processo de criação, é pura metalinguagem, e me lembrou um pouco o bom Mulheres à vista, de J. B. Tanko (por mais esdrúxula que a comparação pareça!...). William Dafoe (perfeito no papel) luta contra tudo e contra todos para manter seu bordel, que parece ter seu destino inevitável: o fechamento. Ele acredita nesse sonho, e vive em função disso, embora os tempos "pareçam ser outros". Ele no fundo é um romântico, e ali "ninguém trabalha com prostitução". Sim, é um filme sobre a paixão do processo de criação (i.e sobre o cinema), de se acreditar nesse sonho que é ter esse bordel como se fosse fazer um filme, ou, enfim, qualquer coisa na vida em que haja de fato uma obsessão pessoal que justifique tudo isso. E, sim, por outro lado, Ferrara trabalha esse tema com um cinema leve, que busca o "have fun" e esbaldar-se com o corpo das meninas, e é curioso como a câmera passeia pelo cenário do bordel e como se compõe a aparição das "participações especiais", mas passada essa nuvem de fumaça, o que fica além disso? No fundo, um filme menor, sem maiores ambições, com um certo olhar romântico pelo mito do processo pessoal. A câmera de Ferrara passeia pelos streap-teases e pelas apresentações, num mosaico de atores interessantes mas que no fundo são orelhas para esse protagonista. E viradas de roteiro (achar um bilhete de loteria quase como se fosse Le Million) e cenas soltas (o marido de uma das mulheres que vai pro clube) com soluções duvidosas. Uma nuvem de fumaça, assim como o Ruby´s Paradise.
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