Como ganhar na loteria sem perder a esportiva

Como ganhar na loteria sem perder a esportiva
de J.B. Tanko
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Mais um do Tanko da HB, esse talvez seja o mais fraco dos filmes do Tanko. O filme tenta pegar uma coisa do momento que é o fascínio do brasileiro pela loteria esportiva, e o interessante é que o Tanko, até para facilitar a produção, bastante precária, faz com um estilo documental, quase todo em câmera na mão. Vários setores da sociedade séria e não-séria (das igrejas aos puteiros) se envolvem no jogo, mas o filme não consegue ser uma crônica de costumes da época. Acaba não sendo nem crítica ao hedonismo e à obsessão paranóica nem incentivo ao modo de viver despropositado e anti-conservador; fica num meio-termo que não se acha.

O modelo de roteiro é de várias histórias paralelas, de pessoas que se envolvem no jogo, mas as histórias não tem originalidade e o filme se repete muito nas situações, pendendo em ritmo. O filme tem vários problemas de produção e até de decupagem, com uma cena horrorosa passada na casa da família num almoço familiar com diversas quebras de eixo bizonhas, etc.

No final a opção é de que todas aquelas pessoas ganham, e apesar de ganhadoras, foi tanta gente que o dinheiro não vale nada, e eles não conseguem mudar a sua vida como pensavam. Mas muito ingênuo no que poderia ser de potencial de avaliação da importância do dinheiro e da posição na vida das pessoas. Dispensável na carreira de Tanko. Cor. Não sei se deu grana.

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