acabei de ver um filme do mineiro Dellani Lima chamado O CEU ESTA AZUL COM NUVENS VERMELHAS.
E um filme feito no mesmo espirito dos meus filmes e dos irmaos pretti, seja em termos de producao seja em termos de uma atitude em relacao ao que seria o cinema, entao me diz muito.
No filme, Dellani se pergunta sobre qual seria a cor do amor, azul ou vermelha, mesclando entrevistas com pessoas comuns de BH com cenas encenadas de um casal, uma familia, em situacoes simples dentro de uma casa.
Achei curioso, porque acabei de fazer um video (bem mais modesto) tambem sobre o tema do amor.
Neste meu video, para mim, o amor nao seria nem azul nem vermelho,
ele seria algo entre o preto e branco, com alguns tons de cinza.
No filme do Dellani, o que mais me atrai sao os silencios, a observacao de uma intimidade,
os pequenos gestos, os vasos na varanda, as janelas dos edificios de frente
e como os pequenos blocos sao organizados de forma livre, nao esquematica.
Mas talvez isso fale mais de mim mesmo do que do filme...

Uma coisa tbem no filme que me fez despertar foi como ele usa as sacadas, as varandas.
As varandas sao um espaco imenso reativo aos interiores,
porque sao um espaco intermediario, um ponto de contato possivel,
entre a casa e a vida, entre o interior e o exterior.
Na varanda, se esta em casa mas se pode ver o ceu e se pode sentir o vento, ainda se estando em casa.
A varanda e o lugar do sonho possivel.

Em homenagem a isso, vou tentar compor uma serie de poemas sobre as varandas.
Comeco com dois.

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