Algumas coisas vêm mudando na forma como os alunos vêm se
inserindo no ensino e na realização audiovisual nas escolas de cinema. Eles vêm
percebendo outras possibilidades que o audiovisual oferece, para desvelar uma
intimidade através de pequenos vídeos caseiros, em contraposição ao caminho de “profissionalização”
que a princípio esperaríamos desses cursos.
Vemos na FAC/UnB o Cineclube Barruada organizando uma mostra
neste mês de abril intitulada “Cartas e Diários”. Vejam como a Mostra se
apresenta: “Filmes-cartas, filmes-diários. Em comum, o fato de serem filmes
onde os realizadores expõem sua visão de mundo e exploram como o cinema pode
ser um local para a transmissão de uma mensagem, um momento de aproximação com
alguém distante... Ou então servir como o registro de um tempo, de um
pensamento.”
Vemos na Mostra Calor Humano, no Curso de Cinema da UFC,
diversos vídeos apresentados em forma de diários, “breves lampejos de beleza”
que festejam os pequenos momentos de epifania do cotidiano, ou ainda que
celebram a alegria de estar entre amigos. Filmes que não são vistos como “a
formação de um portfolio” mas uma maneira de se descobrir através do cinema,
uma relação íntima entre viver e criar.
Alguns entre os belos exemplos dos recentes vídeos da UFC
podem ser vistos aqui:
PENTECOSTE, de Vinicius Bernardes
PENTECA COM A GALERA, de Chico Alencar
ODE AO DIA, de Chico Alencar
[sem título], de Lucas Ferreira
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