o dia seguinte

A primeira exibição pública do Auto-Retrato (foi na salinha de vídeo) foi meio traumática, a expressão é essa. Difícil, porque não dá pras pessoas entenderem o que está em jogo, e não foi uma só pessoa que após a sessão me perguntou se eu fazia aquilo fundamentalmente para chocar as pessoas, o que obviamente não era o caso. As pessoas riram, xingaram, fizeram piadinhas, ingênuas ou maldosas, o que foi possível.

Pessoas ilustres compareceram na sessão para me prestigiar, presenças surpreendentes. A partir de então as coisas aconteceram.

Mas acontece que hoje é o dia seguinte, e estou muito, muito cansado, com o pós-carnaval e com a primeira semana da Mostra que me consumiu todas as energias. E então para rechear estes meus últimos meses, cheio de súbitos altos e baixos emocionais, há sempre o dia seguinte, novos bloqueios, novas fáceis adversidades que às vezes não consigo ultrapassar. Mais surpresas. Tristeza. Esperemos o que os próximos dias me reservam.

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