Devo confessar que este A TROCA tem ficado comigo ao longo dos dias, talvez por um longo hiato em que eu não ia ao cinema ver um filme deste porte – e olha que eu nem sou um dos fãs ardorosos do cinema de Eastwood. Para mim fica cada vez mais clara essa “pecha do cinema clássico herdeiro de John Ford sim”, embora, evidentemente, deve-se “mudar para continuar o mesmo”. Muitos comentam que o filme teria um problema de unidade ao mesclar duas narrativas dispersas – a mãe e o serial killer – dentro da mesma narrativa, mas é justamente isto o que eu acredito ser uma das forças do filme. Primeiro, como o roteiro articula essas duas partes, e, especialmente, porque essas histórias são uma só. É muito curioso pensarmos as relações entre essa mãe e esse serial killer, como os dois se relacionam com uma criança – no caso com uma mesma criança – para pensarmos como Eastwood compõe a sua visão de mundo particular sobre a presença do mal no mundo e como isso se reflete na própria estrutura narrativa do filme.
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CINE REBUCETEIO - Histórias que nosso cinema (não) contava
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