Saliva

Convenhamos: o tão elogiado Saliva, curta do Esmir Filho que participou do Festival de Cannes, tem um gosto irreprimível de “cinema publicitário”. Eu também fiquei muito impressionado com o ‘making of’ do filme, com a estrutura que ele teve para filmar. O desejo de uma menina em beijar: suas dúvidas, seus receios, etc. Sonho, fantasia, realidade. Tudo bem. Um certo realismo mágico. Um certo cinema sensorial. Jump cuts, elipses, uma certa indefinição de tempo. Tudo bem. Um cinema extremamente plástico. Tudo bem. A questão é que tudo está “tudo bem” demais: não há risco, não há desejo, não há um olhar. Preferi bem mais o Alguma Coisa Assim: este Saliva, já achei um certo passo atrás. Ah, o melhor do filme é a menina que está excelente!

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