Não posso dizer que te amo
se não tenho coragem pra te dizer
Hoje não chove
nem faz sol
Fico sentado à espera de um ruído que me desperte
mas os carros não buzinam mais
Quereria poder te tocar
mas meus braços são curtos demais

Hoje nada está no lugar
Estou cansado de tanto fazer, de tanto fazer
e de nada dizer

Preciso te encontrar
mas tu foges, tu foges, tu foges
lépida e ligeira
para longe, bem longe
encrustada nas florestas de espírito

e apenas te observo com meu gosto de camaleão
e minhas pintas de cereja

Comentários

Anônimo disse…
porra, vira macho muleque!!!
Anônimo disse…
quem foi esse viado que comentou e nem botou nome? você é que é bicha meu irmão. achei o poema muito bom.
luiz pretti
Anônimo disse…
desculpa aí cara, quis dizer algo como " fala com ela logo" também achei o poema muito bom. quanto ao nome apenas esqueci. foi uma noite de exageros. abraços, alvaro. nunca mais saio por aí mandando mensagens naquele estado.
Anônimo disse…
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Cinecasulófilo disse…
alvaro,
seu comentário (o primeiro) foi muito lúcido e coerente. As pessoas geralmente confundem um cinema/uma arte confessional com uma arte autobiográfica. Mas nesse caso, devo admitir: é isso mesmo. No entanto, nem sempre se precisa dizer, i.e ela já sabe. Ainda assim, suas palavras em muito me motivam. Mas no caso do poema, o que está em jogo, é a possibilidade de expressar os sentimentos, que faz (deve fazer, imagino) algum sentido para o artista.
Anônimo disse…
bom, eu expressei uma coisa de forma impulsiva. o que me veio à cabeça, o que eu gritei interiormente lendo o poema. expressão de sentimentos é uma busca minha também. disse aquilo, no fundo, falando comigo mesmo. o ir para as coisas que deve suceder a clareza de um sentimento. expressar, problema do artista. expressar e agir, problema de todos. o artista expressando o que deseja. é isso que está em jogo ali, claro. que é real a história, disso não tinha dúvidas, é tema recorrente nas suas manifestações artísticas. vc já apresentou isso como tema auto-biográfico. de qualquer forma é um belo poema. peço desculpas de novo e espero que tenha dirimido quaisquer dúvidas quanto ao espírito de minha intervenção alcoolizada, muito alcoolizada. alvaro

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