Mulher

Mulher, de Octavio Gabus Mendes, Cinédia, +-1930
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Essa semana dei uma escapada pra ver o Mulher, que eu já tinha visto com o Hernani no MAM, mas francamente nao me lembrava nada. Bom,mas nada demais.

A decupagem é bem estranha: o diretor opta muito pelos planos-detalhe, que dá uma visão claustrofóbica e às vezes mórbida, e as vezes jogando a espacialidade pro espaço (nesse caso, bola dentro).

Tem um lance da sensualidade que tem sua pas-de-scandale (oh!) mas que funciona. É melodrama, e tem o lance da repressão da sensualidade e da presença da mulher numa sociedade conversadora, mas o olhar pela sensualidade traz a atenção para o filme.

Mas o que mais me agradou foram os "pontos fracos" do filmes, uma versão da intimidade que surge no cotidiano da mulher pobre (um violão tocando, etc.) em contrapartida com o cotidiano da sociedade rica (e um olhar irônico/sarcástico) da frivolidade desse mundo. Isso convence, e atraves disso OGM mostra sua visão de cinema.

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